O que são os Raios?
À medida que os seres humanos se vão deixando atrair à aura
colectiva dos vários centros de potência hierárquica da Terra, cada ser está
sendo chamado para o centro e o varrimento energético que lhe corresponde. As
nossas identidades, a experiência psicológica que nós temos de nós próprios e
dos outros, está em completa mutação.
Liz actua no aumento da voltagem do poder atractor da alma
sobre a personalidade, actua no estímulo de uma imensa superfície de vibração
acima da nossa mente (corpo causal). Liz é um centro qualificado pelo 4º Raio
(Harmonia por Conflito), o raio que funde opostos.
O que são os Raios?
A evolução da revelação do Divino a um planeta não
confederado é feita por vagas sucessivas. Geralmente um planeta que não
pertence à confederação intergaláctica luta com uma equação complexa composta
pela força do passado, pelo coeficiente de células cerebrais activas em média
numa humanidade, pela iniciação respectiva do Logos desse planeta e pela
natureza dos povos que o habita.
Em termos filosóficos e espirituais, significa que, no
princípio existem centenas de deuses, centenas de fragmentos da intuição única,
existem tendências animistas. À medida que os milénios passam, é possível
começar a revelar gradualmente a existência do único Pai.
A passagem de um planeta não confederado para um planeta em
processo de iluminação gradual, é feita através de passos extremamente exactos
e isso está entregue a uma ordem cósmica que neste planeta é conhecida como a
ordem de Melquisedeque. Esta Ordem mantém o fio condutor entre todas as
revelações disponíveis e autorizadas para um planeta. A Ordem e os vários
Melquisedeques residentes num planeta funcionam como eixos auto conscientes em
torno dos quais, os círculos das revelações que vêm de níveis cósmicos e
celestes podem ir descendo, permeabilizando, impressionando o intuitivo
colectivo. A Ordem de Melquisedeque é uma ordem de iniciação global, eles
actuam ao nível da hipófise da Humanidade como um todo. Só após a 3ª iniciação
um discípulo começa a sentir e a responder coerentemente à impressão magnética
produzida pelo factor Melquisedeque.
Isso é válido porque as iniciações da Terra são acelerações
evolutivas, no entanto, toda a humanidade, na sua dignidade, na sua
transparência, no seu amor oculto, articula-se com a Ordem de Melquisedeque.
Esses pivots que descem à atmosfera psíquica de um planeta, têm a função de
manter concêntricas, nos planos internos, todas as religiões, todos os esforços
de ascensão do Homem e todas as descidas de novas partículas de revelação. Os
Melquisedeques estão sempre presentes na transmissão, no estímulo e no
fortalecimento da consciência do Deus único.
A partir da etapa em que é possível uma Humanidade manter-se
minimamente estável perante a força de convexão produzida pela consciência de
um Deus único, o que não é fácil porque implica renunciar a camadas e camadas
de tendências e de hábitos locais, é possível fazer descer um avatar maior que
trabalhe com a consciência da Trindade (que revele a acção dos circuitos do
Pai, do Filho e da Mãe), e que possa sem nenhuma possibilidade de produzir
nenhum retorno ao politeísmo animista, começar a instruir essa humanidade nos
segredos das técnicas de escape que o Divino utiliza em relação ao infinito. Se
Ele não se defraccionar em a Trindade Ele é igual a infinito. Para efeitos de
Criação, Essa unidade cósmica absoluta e transcendente necessita de se
defraccionar em Trindade. A Trindade é uma técnica dissociativa dentro do
próprio Divino, de forma a criar funções que permitem a Criação. Sem Criação
não é necessário o Filho como contemplador e consciência que mantém e sustém a
Criação. E muito menos é necessário a Mãe como substracto e suporte e ondulação
a partir do qual é gerada a luz, as linhas de gravidade, o tempo, o espaço,
enfim, a tela na qual o Universo é pintado.
O processo de defração do Divino não termina na Trindade. A
Mãe, o terceiro aspecto do Divino, subdivide-se novamente em quatro aspectos
que são atributos da Mãe (Raios, penetrações activas do eterno dentro do tempo
e do espaço).
Cada uma destas quatro formações do Divino são, exactamente,
radiações. O Pai, O Filho e a Mãe - o 1º, o 2º e o 3º Raio, que são aspectos do
Divino e finalmente o 4º o 5º o 6º e o 7º que são atributos do Divino. A
diferença entre aspecto e atributo é que o aspecto é uma técnica de escape em
relação ao infinito, é um método de criação, enquanto que os atributos são
formas de manutenção do Universo.
O 1º Raio está relacionado com a Vontade e o Poder é um raio
de inseminação pura do transcendente para dentro do espaço e do tempo. É a
própria unidade.
O 2º Raio está relacionado com a Consciência Cósmica -
Amor-Sabedoria. Para existir consciência é necessário haver dois polos, um
positivo e outro negativo e a consciência oscila a uma velocidade infinita
entre estes dois polos. O polo negativo é a criação em evolução. O polo
positivo é o próprio Divino. A consciência cósmica - o Filho - situa-se estável
entre estes dois polos e ele gere as sucessivas interpenetrações entre a Mãe e
o Pai ele é o resultado dessa relação. Ele é consciência porque ele liga
substância à vida pura. De alguma forma, estas grandes categorias do Universo,
dá-se um loop sobre ele próprio. No momento em que o Divino reflecte sobre ele
próprio nasce o 2º Raio, ele lida com a dualidade. A principal característica
do 2º Raio é o Amor.
O 3º Raio, a Mãe, qualifica a dança cósmica - Actividade
inteligente diz respeito a todo o movimento, actividade, luz, ondulação,
alternância, jogo, dança, em todos os seus níveis.
O 4º Raio lida com a Harmonia
O 5º Raio lida com a Ciência
O 6º Raio lida com a Devoção
O 7º Raio lida com a pulsação, com a disciplina e com o
Cerimonial
Quando nos é dito que sendo Liz um centro de energia
feminina trabalha através do 4º Raio, estão-nos a tentar ensinar a forma
através da qual é gerado em nós um conflito e através do qual esse conflito é
superado.
Um discípulo é um ser que está começando a adquirir uma
visão dupla, não mais vê o que está à sua frente (emoções e pensamentos) ele é
um ser auto inaugurado acima da mente. A dor do discípulo é a dor da dualidade
entre a forma e a vida. Entre a vida que atravessa toda a substância e utiliza
formas como trampolins para si mesma e tão depressa cumpre a função que uma
forma lhe permite atingir, supera essa forma para uma mais perfeita, e as
organizações de substância física, emocional e mental que permitem o encarnar
sucessivo de níveis, de voltagens, e de presenças de vida cada vez mais amplos.
Um casamento é uma forma emocional. Um golfinho é uma forma
física. O marxismo-leninismo é uma forma mental.
A vida é uma massa avassaladora de perfeição que é
transmitida à matéria em evolução. A vida que é um atributo do Pai, é sempre
perfeita em si mesma, ela satura electricamente o Universo. O arco de trânsito
da vida parte dos altos níveis paradisíacos centrais acima dos universos
evolutivos, desce em massa, e por mandato divino, precisa de se exprimir do
lado de baixo da tela espaço-temporal.
O espaço e o tempo, as formações biológicas, emocionais,
mentais, são máscaras através das quais a vida brinca com ela mesma. Não
existem vidas, existe VIDA. O facto de que biologicamente e cientificamente se
observa uma mudança de comportamento na matéria, da passagem do inorgânico para
o orgânico, ou seja, a partir de um certo grau de combinação de proteínas
começam a acontecer palpitações que os físicos e os químicos definem como vida,
essa vida não é a vida dos ocultistas, essa é a vida dos bioquímicos.
A vida dos ocultistas é um facto perfeito e suberano por
detrás do espaço e do tempo, no qual várias combinações de vida são possíveis.
O discípulo aprendeu a olhar para si próprio como um suporte
de vida, que tudo é uma onda de vida, e que essa onda vai lutar até às últimas
consequências para plasmar a perfeição na matéria e na substância em ascensão.
O Divino na sua perfeição, auto emana-se para fora da transcendência e coloca a
si próprio um problema que é o espaço-tempo, um garrote que limita a passagem do
princípio vida, da perfeição.
As organizações periféricas de pensamento, são formas
alfandegárias de ir adaptando essa potência perfeita que emana do centro do teu
ser ao problema do espaço e do tempo.
Nós somos diafragmas entre a eternidade e o tempo. Nós
estamos sendo chamados a uma progressiva plasticidade até que finalmente o
barro se transforma em óleo.
O discípulo foi amorosamente retirado da tripla gaiola
humana e colocado na gaiola nº 4, a intuitiva, de forma que ele adquire uma
dupla visão e ele vê a forma, e a forma como a forma revela qualidade da
perfeição e do infinito.
O problema principal da nossa alma é superar a dualidade
entre a substância e o espírito. Ela tem uma parte que está impregnada de
substância - ser psíquico - e tem outra parte completamente virada para o
Divino - eu superior - então, a nossa alma é um espectro entre o eu psíquico e
o eu superior, e muitas vezes, sofre a tensão do facto de o Universo estar em
construção.
A dor de um discípulo formado é a consciência de que existem
zonas do universo que não foram ainda terminadas, porque abaixo da alma há este
imenso oceano de incomplitude, de confusão, de caos, de obscuridade e acima da
alma temos a presença divina que não pára. A nossa alma está sendo submetida a
uma força divinizante ao mesmo tempo que é submetida à máscara do espaço e do
tempo - esta é a crucificação e a dualidade que caracteriza o discípulo.
À medida que o processo se aprofunda, a alma começa a ser
admitida gradualmente na região monádica e no vórtice divino que é a mónada.
Cada vez mais tu percebes que há um sorriso em ti que é independente dos
acontecimentos exteriores. O 4º Raio é esse sorriso.
Existem três etapas de iluminação dentro da condição de
discípulo. Quando um ser entra nesta condição pela primeira vez, ele compreende
como tudo limita a vida (o corpo, as emoções, a mente), ele contempla a
totalidade do problema dos três planos inferiores.
Existem crianças sem afecto porque existem crianças com
excesso de afecto no planeta, existem zonas ou famílias ou lógicas que fecham a
energia afectiva no planeta. Estas concentrações no plano afectivo acontecem no
plano económico, no da alimentação, etc.. A energia afectiva que devia
funcionar como um fluxo homogéneo de forma a não ser retido em nenhum momento,
devia circular sem encontrar nódulos de resistência e funcionar como uma imensa
maré. Dão-se fenómenos de primeiro mundo e de terceiro mundo a nível afectivo.
Há pessoas e famílias que fazem ampolas de resistência afectiva dentro delas,
isso faz com que todo o grande fluxo de amor que deve circular no plano astral,
fique retido em certas zonas. O amor nos planos superiores não pode ser
espelhado no seu oposto, mas não há nada mais fácil de inverter no seu oposto,
do que o amor no plano astral. Tu gostas de mim enquanto eu correspondo à tua
expectativa sobre o que tu achas que eu tenho que ser, porque se te desaponto,
é como se eu não existisse mais. É assim que as pessoas vivem. Eu tenho que
aprender a amar o outro pela essência dele.
A primeira iluminação de um discípulo acontece quando ele vê
como tudo limita a vida e ainda que isto seja, num certo nível, uma experiência
de dor, num outro nível é uma iluminação, porque ele pela primeira vez está a
começar a sair das trevas, a distanciar-se da fé que ele colocava nas formas.
Ele está numa condição equivalente ao touro branco da mitologia que tem apenas
um só olho, ele está completamente estável sobre a Terra, o Divino dentro dele
despertou, e ele tem acesso a um primeiro olhar de Deus através dos seus próprios
olhos.
Tu apreendes a afectividade com os olhos do Pai e não mais
com os olhos psico afectivos, sócio-económico-civilizacionais, etc..
O amor palpável e visível é a grande forma de exprimir amor.
A consciência cresce através das formas para além das quais o amor é expresso.
Quando a família faz uma ilha e é incapaz de crescer afectivamente para fora da
família, para outros núcleos, ela torna-se um foco de paralisia da energia
afectiva. A família devia ser a primeira a ficar em paz quando um membro da
família declarasse que tinha decidido caminhar para o Divino, mas as famílias,
a partir do momento em que um chega lá e diz: “o meu caminho é na direcção do
Divino”, entram em pânico, porque elas aceitam um modelo de amor mas não
aceitam o amor total e o amor total liberta, devolve as pessoas à sua
verdadeira identidade, que é uma identidade pré e pós familiar.
A família é um episódio na vida da alma, nós temos
dificuldade em encarnar sem passar através da família, mas a alma é um arco de
consciência anterior à família e posterior à família. A família não gangrena
afectivamente quando aprender a respeitar esses arcos de consciência. A família
aceita enquanto o arco de consciência for entre o socio-económico e o familiar,
entre o profissional e o familiar, agora, quando uma alma declara a sua
liberdade maior no seio da família, ela imediatamente não sabe como lidar com
esse factor. O que é que se passa? Ou a família cresce ou o planeta explode. As
famílias correctas são formadas por atracção entre as almas. Acima das famílias
por atracção entre almas, começam-se a formar grupos espirituais por atracção
entre mónadas, e as famílias deveriam aprender a reverenciar, a amar, a
proteger aqueles que têm possibilidade de responder a um impulso mais alto.
Em qualquer sociedade tradicional, o rapaz de 11 anos que
começa a falar das coisas mais altas da tribo, é levado ao ancião da montanha.
A nossa sociedade perdeu o contacto com o ancião da montanha e não sabe o que
fazer com a criança especial e como ainda por cima, devido ao tipo de processo
que a civilização está a viver, a criança especial está-se a revelar em
centenas de milhares com 30, 40, 50 anos, as famílias, de repente, vêem-se em
cheque no seu modelo tradicional.
O que está a mexer com a energia da família não é um choque
comportamental, é que, ou a família cresce para os níveis espirituais e aprende
que o amor da família é da família, e o amor de Deus é de Deus, e aprende a
fornecer apoio para uma vocação espiritual autêntica no seio duma família, ou
ela começa a colocar-se, sem dar por isso, contra a onda de auto revelação
maciça da humanidade a si própria. E é por isso que muitas famílias estão em
desactivação acelerada. As famílias estão a ser postas em causa, porque elas
não estão a saber evoluir para dentro do espírito.
Não há nada na estrutura de uma família que precise ser
posto em questão, que impeça a iluminação total de um ser (senão não haveria
famílias de mestres e há mestres e discípulos avançados que formam família),
mas há alguma coisa no subconsciente dos seres que formam a família que impede,
então, quando há um que desperta no seio de uma família, a família é convidada
a crescer.
A partir do momento que tu tomas consciência do que limita a
vida, começas a operar no nível da segunda iluminação do discípulo, começas a
tomar consciência do eu, da realidade que está por detrás da realidade que
limita a vida. Na primeira iluminação tu apercebes-te do que prende. Na segunda
iluminação tu apercebes-te do que liberta.
As pessoas que estão neste momento tendo uma experiência de
redução dolorosa da sua liberdade, de perceberem como tudo é antagónico à sua
necessidade de perfeição, eles estão a chegar à primeira iluminação. Essa não é
uma experiência de limitação. Ter consciência do que limita, é uma libertação.
Esta é a diferença entre não ter consciência e não se sentir limitado, e
finalmente, aquele que julgava que era um insecto rastejante descobre que tem
asas, dá-se o síndroma Fernão Capelo Gaivota, que é um conjunto de sintomas
muito específicos e nessa primeira iluminação, tu percebes que podes voar e ao
mesmo tempo, encontras-te numa sociedade para quem tudo o que seja acima da manutenção
básica, é remetido para o plano da utopia.
Pela primeira vez o pássaro apercebe-se que está dentro duma
prisão, essa é a condição da primeira iluminação do discípulo.
Por André Louro de Almeida
Publicado por Síntesis: http://luminaportugal.blogspot.com.br
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