Purificação. Etapas da formação de um discípulo.
1ª Iniciação
lembrarmo-nos do
nosso futuro cósmico, do que está reservado para nós à medida que o nosso ser
se sintetiza e vamos procurar simplesmente reencontrar o fio de sinceridade que
liga a consciência exterior à sua origem, a mónada, e na proporção em que reconstituímos
a sinceridade para com a voz central, uma harmonia sólida começa-se a instalar,
em esfera, em torno do meu ser.
À medida que conquisto zonas de sinceridade cada vez mais
verticais e axiais dentro de mim, em torno do meu ser instala-se, inexoravelmente,
a harmonia. Este é o trabalho, estabilizar, reencontrar, fazer nascer, tornar
incandescente a sinceridade que nos liga ao centro do nosso próprio ser. As
portas do ser interno só se podem abrir na proporção em que eu próprio me
souber abrir ao meu ser central. Cada uma destas portas exige um exercício mais
profundo de sinceridade, de independência, exige um estado mais profundo de
abertura. Lá, no centro do teu ser, está um Mestre, um tesouro, as portas
servem para nos proteger do impacto demasiado directo da nossa própria
divindade.
A sinceridade é equivalente a um martelo que bate num local
incandescente e que alterna isso com água gelada para temperar a nossa
estrutura interior. Como o nosso ser interno vive e é um estado muito alto de
paixão, ela não pode ser vertida sobre ti sem que a qualidade do cálice
receptor seja completamente enobrecida pela sinceridade.
Começa-se pela sinceridade, e um dia chega-se à tensão
ardente, o equivalente a um arco esticado pronto a disparar uma flecha. Só os
instrumentos romanos em estado de tensão ardente contêm a voltagem equivalente
ao problema planetário.
Eu posso ter muitas dúvidas, porém, não a dúvida de que
através da sinceridade eu recebo a mais alta energia que um ser pode passar a
cada momento.
O que se passou nos anos 80 implicou uma autorização, da
parte da hierarquia que rege este planeta, para que todo o mar de energia de
fogo onde as nossas centelhas existem, começasse a aproximar-se dos níveis
conscientes da humanidade. Isto implica a queda gradual de véus ou a eliminação
de éteres que devem transportar para dentro da consciência cerebral o facto
divino. Há vários éteres que reduzem a presença e a acção do facto divino na
consciência cerebral. Isto implica um estreitamente agudo nas relações entre a
consciência e a sua origem. Durante séculos a consciência humana podia fazer o
que entendesse que não tinha que enfrentar o problema da desestruturação, isto
é, era possível dizimar uma aldeia inteira e continuar alegremente até à
próxima aldeia, isto na alta idade média era possível, porque a origem da
consciência, o olho no centro do furacão estava fechado, ou seja, a actividade
monádica visava essencialmente a contemplação de metas superiores e a energia
que resultava dessa contemplação, retroactivamente, aspergia-se sobre a nossa
consciência. A mónada mantinha-se guindada e traccionada pelos planos
superiores e nós aqui recebíamos os efeitos retroactivos disso, o que significa
que, numa vida de 80 anos, era possível um indivíduo ter dois lapsos de que o
universo era divino.
A partir dos anos 80 muitos desses filtros desapareceram. Os
subníveis do éter começaram a ser saturados com parte da energia da sua
centelha, isto implica que a pressão, a acção, o som, o piloto está muito mais
próximo do seu veículo do que estava nos séculos anteriores e a acção directa
ou progressivamente menor, filtrada do facto divino no centro do teu ser sobre
a estrutura psicológica, está a atingir níveis agudos.
À medida que te vais tornando plástico à acção do centro do
teu ser, a tomada de posse da tua estrutura como um todo é acelerada e,
portanto, as crises aumentam.
Para os núcleos mais obscuros do nosso ser, os que
apresentam, justamente, os bancos de memória da evolução natural (ao longo da
nossa coluna vertebral existe a história da nossa consciência) estabilizada ao
longo da nossa coluna vertebral, é uma estação de força e equivale, mais ou
menos, a uma actualização nas eras geológicas.
A tese final do Logos, o poema no seu estado acabado, já
está em ti nas zonas nobres, as menos conhecidas do ser, aí está o equipamento
capaz de traduzir em factos, em comportamento, em vibração, em dar e receber a
divindade que pretende habitar o homem.
Temos etapas de purificação que conduzem a etapas de
instrução, que conduzem a etapas de iniciação, que por sua vez despoletam novas
etapas de purificação, que conduzem a novos níveis de instrução e te colocam às
portas de novas situações de iniciação. Isto é o metabolismo a trio.
Purificação consiste na gradual adaptação entre entidades. Uma entidade que
contém aquilo em que tu te deverás transformar e a massa bioquímica e
psicológica que está a aprender a responder a esse potencial.
Purificação e adaptação vibratória.
A Purificação consiste na expulsão gradual, psicologicamente
sustentada, do que no nosso ser não pode conviver com a presença. ela acontece
sem danificar a tua estrutura psicológica. Se em ambientes de aprofundamento
espiritual vocês se confrontam com situações de alienação é porque alguém ali
está a trabalhar a nível de ambição, está a confundir o divino com uma meta
humana, e onde entra a ambição, entra a vontade de fazer mais rápido e aí
começam a acontecer as alienações e as distorções.
Uma das posturas essenciais para que os processos de
purificação aconteçam de forma correcta, límpida, é afastar os sentimentos de
culpa, mas, principalmente, perceber que o que nos é pedido, enquanto seres que
estão sob a lei da purificação, é aquiescência (uma aceitação inteligente e
voluntária). Purificação significa, eu deixar completamente de ser o que eu sou
hoje, em termos cósmicos, mudar, é um indivíduo desligar do nível de
consciência anterior e passar definitivamente, de uma forma estável, para um
novo patamar de consciência. É ser-se outra coisa!
Purificação implica esta aceitação, esta dilatação da
consciência que te permite saber, experimentar, eu estar a ser trabalhado
cirurgicamente por um engenheiro da evolução humana que é a minha própria
consciência monádica.
Purificação implica esta transparência, limpidez, que
favorece as ramificações de luz que a mónada envia aos nossos núcleos
ancestrais ou a esta extraordinária capacidade humana de estar bem no mesmo
ponto de consciência, com a mesma leitura da realidade. Isto é estagnação e a
mónada, nos níveis superiores, contém os protocolos capazes de te fazer
libertar, mas esta consciência precisa de ser colocada num ângulo que favoreça
a descida da luz.
Esta aquiescência é expontânea quando nós compreendemos o
que está a acontecer. E o que está a acontecer é que a alma ao encarnar, vê-se
envolvida, sufocada por um habitat psicológico que não lhe pertence. O facto de
tu saíres à tua mãe, não diz respeito à alma. O facto de se dizer: é um latino,
é um nórdico, é um hindu, isto, para a alma, é um sarcófago, uma tumba,
simultaneamente é o mais precioso dos instrumentos da alma (corpo físico).
O trabalho da alma consiste em tecer, manter e projectar
cordões de luz entre os seres, desenvolver a capacidade de um ser se dar pelos
outros.
Este veículo envolve a alma no momento em que encarna e ela
fica revestida de camadas e camadas de verniz cultural, tradicional,
comportamental que não lhe pertence, isto falando do ponto de vista puro da
alma, com certeza que existem factores cármicos que determinaram que aquela
alma nascesse ali e não acolá, mas em termos da realidade da alma, do eu
superior, nível causal, a alma quando está encarnada auto submeteu-se à lei da
limitação.
Este indivíduo centrado em si mesmo é uma bolota, é uma
semente, e existem seres que vivem uma vida inteira a nível de semente, de
casulo. Tudo o que somos, enquanto entidade humana, é uma semente, um casulo. A
alma, nas primeiras fases da encarnação, sente-se dentro dum sarcófago,
asfixiada. Ela vai-se aproximando gradualmente dos veículos, na obra de Rudolf
Steiner há um estudo profundo das etapas através das quais a alma se vai
apropriando dos veículos da criança, mas no fundo, há uma profunda limitação.
Passei a imagem do sarcófago para compreender a personalidade como uma semente
que foi deitada à terra, nasce ou não nasce.
A irradiação de choco do ovo humano vem da mónada e durante
eras a “galinha” (mónada) esteve lá voando e contemplando níveis superiores e
retroactivamente aquecia a nossa estrutura psíquica e ia-a preparando para o
amor, para a dádiva, para a vontade espiritual. Desde os anos 80 a “galinha”
sentou-se, literalmente em cima do ovo e não larga mais. A curva fisiológica de
nascimento do nosso ser, neste momento, é aguda, porque a consciência planetária
precisa de colocar um certo conjunto de indivíduos em certos postos antes que
“eles” liguem a rede de luz.
Esta rede de luz composta por triângulos em torno de toda a
Terra, precisa de pivots, pontos de convergência e nós (a humanidade inteira)
estamos a ser preparados para aquilo a que os ocultistas chamam a 1ª iniciação.
Obviamente que nem toda a humanidade pode passar por essa
iniciação, mas o objectivo do Logos é colocar a maior parte dos seres humanos,
de ovo por chocar, à condição de pinto que quebrou a casca e diz: “o divino
está em mim”.
Tu sabes que passaste o portal da 1ª iniciação quando
percebes que não és tu que vive, mas há algo que vive em ti. Quando tu observas
uma vida real, autónoma, hiper lúcida, profunda, agitando-se dentro de ti e pedindo
para vir ainda mais para fora, isso indica que os mecanismos da 1ª iniciação,
que é o nascimento (como se vê nos quadros da Renascença, por exemplo “A Virgem
dos Rochedos” de Leonardo, em que se vê, claramente, uma criança que nasce
dentro da rocha, isto é bem o ícon da 1ª iniciação – Nascimento.
Quando se sente a pulsação radiante desse núcleo, bem no
centro do tórax, entre os pulmões, quando se sente a sua expansão e contracção,
o seu acender-se e atenuar-se, vocês estão habitados, o ser psíquico já rompeu
as membranas, a galinha está a fazer o seu trabalho.
A purificação é um processo essencial para que a bolota
comece a reagir à química da terra.
Na formação de um discípulo temos três etapas: 1º, o
discípulo tem a sua consciência submetida às forças do meio ambiente; 2º, a
etapa de conflito em que a energia residente em ti reage às forças do meio
ambiente, isto é o que o Novo Testamento define como “sal da terra”. Se não
houver reacção ao meio ambiente, não há civilização. Na 3ª etapa o discípulo
assimilou, compreendeu, perdoou, expandiu e superou as influências do meio
ambiente, ele torna-se um ser pós social. Social no sentido de viver consciente
dos que estão à sua volta.
Estas três etapas são idênticas às etapas em que a bolota,
que é colocada na terra e fica no escuro e não faz a mínima ideia do que lhe
vai acontecer, e se chega um sobreiro e diz: “olha bolota, tu és um sobreiro”,
claro que ela não quer ouvir nem falar, porque ela está completamente envolvida
no escuro, até que há um momento em que as qualidades químicas do meio
ambiente, por sofrimento, por dor, por reacção, começam a despertar o potencial
oculto no interior da bolota e a vida que está no seu interior rompe, nesse
momento, temos a 1ª iniciação.
Então os seres dizem: “o que é isto do meu divórcio?”
Divórcio é bolota na terra! “O que é isto a minha incomunicação crónica?” é
bolota na terra! Há um momento em que estes dardos verdes começam a
entranhar-se no terreno e acontece a alquimia, ou seja, em vez de termos uma
bolota tímida tentando fugir à acção agressiva da terra, temos o alquimista. A
bolota fez dois prolongamentos: um para os níveis superiores de consciência,
chama-se oração e outro para os níveis inferiores, chama-se alquimia.
Purificação é o que acontece na expulsão daqueles elementos
ancestrais que estão fixados ao longo desta história natural que é a nossa
coluna vertebral e que não podem conviver com o divino.
Por definição, uma experiência espiritual preenche a
totalidade do ser e eu preciso ter muito cuidado em relação a este processo
invocador que consiste em passar o tempo a dizer: “Ajuda-me Pai, Ajuda-me”.
Cuidado!
A condição do aspirante é: às 5ªs dizer: “Pai, ajuda-me,
resgata-me, leva-me, transforma-me” e às 6ªs começa a adaptar a coisa às suas
próprias necessidades e, tudo bem, também faz parte da experiência da
purificação!
Então, a purificação é um processo através do qual se vai
dando uma decantação dos materiais do teu ser. Eu preciso de chegar ao mantra
que contém esta consciência: “eu abandono tudo o que não foi divinamente
programado para a minha vida”.
O trabalho de transmutação (isto é muito importante para
este núcleo) consiste em ficar a olhar para o próximo patamar de vibração,
modelando na tua consciência o ser em que te vais transformar, aspirando e
transportando os sentimentos para esse estado, o tempo todo. Isto não é uma
coisa para ir fazendo, isto é a condição básica do trabalho espiritual.
Eu estou a fazer o trabalho espiritual quando eu estou
totalmente saturado de insatisfação em relação à minha condição existencial, um
traço de satisfação e já está a entrar ali a inércia, preciso de chegar a
níveis de insatisfação que coloquem a minha vida afectiva noutro patamar, eu
preciso de chegar a um ponto em que eu entro numa livraria, e aquilo é um
tédio, prémios Nobel, tudo, porque aquilo é um estilo para o antigo mental, é
preciso encontrar um estilo para o novo estado mental. Esta insatisfação é o
teu combustível. Quando vês na televisão uma coisa que te revolta, aquilo
significa combustível para a auto transformação. Tu não estás sendo submetido a
estes impactos para ficar mal disposto ou revoltado. Se eu estou num processo
de compaixão, eu já não me revolto, eu chequei à capacidade do perdão em nível
profundo, isto é, dizer: “Pai, a tua obra não está pronta, há elos que se
romperam, a tua energia não chega ao coração dos homens”, então, eu
disponibilizo-me para o trabalho, eu mobilizo-me para a transformação
planetária, eu priorizo a minha vida para que tu possas utilizar-me como
instrumento.
O mal estar produzido pelo material de mass média ou pela
observação do quotidiano está ali para activar a capacidade de entrega e de
transformação interior de um ser. Esta insatisfação é essencial para que eu me
mantenha dinâmico. Para que é que tu queres um curriculum sem consciência
divina? Para que é que queres realização profissional sem consciência profunda?
De que servem as aquisições, as experiências, as trocas sem consciência
profunda? A consciência profunda cultiva-se através de uma vida de oração,
alinhamento, persistência, invocando o novo patamar de consciência. Não
reprimindo a voz que diz: “Tu podes fazer melhor!” e através de uma disciplina
muito rigorosa em relação aos impulsos que chegam e ao que eu vou fazer no
quotidiano.
Quem está a exercer pressão sobre os níveis internos do teu
ser tem o poder, a autoridade, o leque de energias capaz de te transformar
completamente. O que Eles nos pedem é estabilidade de campo, ou seja,
confirmar, continuamente, que estamos dentro da consciência da mónada,
compreender que quando alguém vem até ti, primeiro, se tu estás a fazer este
trabalho correctamente, ele teve que atravessar o campo de energia do teu ser
superior.
Geralmente nós vemo-nos como um invólucro que tem lá dentro
a chama divina, isso é uma percepção espacial bastante primitiva. O corpo está
dentro da consciência da mónada. O campo monádico actua através de veículo
cristalóide em torno do teu ser, chamado Mercaba, ou Olóide.
Olóide é o veículo que envolve o teu corpo, ele contém
potencial inter dimensional. É uma engenharia de luz que era muito conhecida no
Egipto e pelo exoterismo judaico, entre outros, este veículo em torno do teu
ser contém o potencial para te deslocar desta dimensão (ex. Capítulo 9 da
Profecia Celestina - em que eles aparecem e desaparecem nas colinas). Olóide é
o nome contemporâneo, Mercaba é o nome egípcio. Este campo de vibração é
composto por uma estrutura cristalina em forma de pirâmide virada para baixo
que gira no sentido horário, e uma estrutura em forma de pirâmide virada para
cima que gira no sentido anti horário. A soma das duas pirâmides forma uma
estrela de David tridimensional em estrutura de luz. A partir de uma certa
velocidade de giro, tu começas a desfazar-te desta dimensão.
O olóide humano foi desactivado com a queda da Atlântida, ou
seja, nós somos seres com potencial avatárico, mas os nossos campos
circundantes estão estacionários, isto é, as pirâmides estão estacionárias. A
soma do giro destas duas estruturas cristalinas anula o espaço e o tempo.
(filme Contacto por ex.). Estes campos cristalinos, apesar de desactivados no
seu potencial inter dimensional, contêm o que são espelhos da energia monádica,
donde que, tu começas por reactivar o teu olóide quando tens consciência de que
estás dentro da consciência monádica, e eu construo um processo de transporte
do meu ser para os níveis superiores por uma confirmação o tempo todo.
Os Irmãos buscam seres que tenham continuidade de
consciência, que tenham o trabalho de manter o alinhamento. Isto é muito
importante porque estes seres podem assumir os pontos nesse veículo de luz que
está a ser activado em torno da Terra. O trabalho que estamos a fazer aqui está
entrando em fase com todos os trabalhos que neste momento estão a ser feitos no
planeta que estão nesta frequência e quando isso acontece, é estabelecido um
núcleo de luz. A tua fé aqui está a dinamizar a fé lá nos teus irmãos na
Austrália, precisamente na proporção de semelhança de vibrações. Isto vai
fazendo hexágonos, pentágonos, triângulos de luz., é o envoltório, é o veículo
planetário que transporta directamente a vontade do Instrutor do Mundo para
dentro da consciência humana e que sustem a vida bioquímica do ser em níveis
capazes de receber o raio de síntese (2º). Isto tem estado a ser preparado pela
Hierarquia nos últimos 15 anos, é como um globo de cristal em volta da Terra,
ele resulta da engenharia de operadores planetários, mas o trabalho dos núcleos
aqui em baixo é indispensável, porque segundo a lei do carma cósmico, eles não
podem activar uma malha crística sem que os grupos estejam a fazer a sua parte.
Esta malha tem o poder de transportar o planeta para a
próxima dimensão em que ele se deve exprimir.
Só em continuidade de consciência, só mantendo o filamento o
tempo todo, vocês podem colaborar nas redes de luz. Enquanto eu vou e venho,
vou e venho, estou em vacilação, eu fui óptimo para o que já passou, mas sou de
muito pouca utilidade em relação à voltagem que é necessário desenvolver para
que esta civilização consiga, ou regenerar-se, ou ser… não sei!
Depois de uma fase de instrução, um indivíduo é levado a
cenários de iniciação. Aquilo que foi um trabalho longo durante a purificação,
depois de se ter tornado lúcido, inteligente em relação ao que se está a
passar, só então pode entrar na energia iniciática.
As etapas de purificação estão sobre leis ligadas ao 3º Raio
(Espírito Santo, actividade inteligente). As etapas de instrução estão ligadas
ao 2º Raio, ao magnetismo transcendente e as etapas de iniciação estão ligadas
ao 1º Raio (vontade/poder).
Neste contexto, iniciação significa o estímulo de regiões do
córtex que estão adormecidas (iniciação é muito mais do que isto) e o despertar
da capacidade de sustentação de força que até então era impossível manter.
Portanto, a iniciação é uma alteração estrutural do teu ser, é uma mutação a
nível cerebral.
Primeiro “Eles” trabalham-se a matéria do ser com a
purificação e nós nem temos referência do que se está a passar, depois vem a
instrução e com isto tu vais-te tornando tranquilo. A primeira nota da
qualidade da instrução é que ela deixa-te completamente tranquilo durante as
transformações, porque a instrução deve-te passar uma percepção nítida do que
está a acontecer.
No momento em que a consciência está suficientemente
informada e em paz e que os veículos foram purificados num certo grau, o ser é
transportado a regimes de iniciação. Podem ser 48 horas. Acontece que tu te
observas como um ponto de transpiração de um caudal de força espiritual que,
obviamente, não vem de ti mas de algo ao qual tu estás ligado.
Aquilo que nos anos 80 se chamava a segunda vinda do Cristo,
há um grande folclore em torno disso, a manifestação das energias crísticas na
Terra não pode acontecer enquanto não houver um número específico de iniciados.
Então, esta vinda de uma entidade superior à Terra, é um
trabalho nosso também. À medida que tu constróis a tua continuidade de
consciência, tu estás a criar um ancoradouro para uma entidade cósmica que pode
curar a Terra. Isto significa que tu manténs continuidade de consciência ali e
as crianças que estão continuamente a desaparecer em África, com fome, começam
a diminuir.
O planeta necessita de vasos ou canais capazes de funcionar
como capilares de energia crística (amor/sabedoria).
Essa entidade para se poder aproximar do Homem precisa de
gerar o coeficiente de luz receptora específico para poder fixar a energia do
Avatar neste planeta. Sempre que fazes este trabalho, tu aproximaste o Avatar
da Terra. Este é o teu poder.
Fazer curso, cantar mantra, comer vegetariano, não é o
trabalho. No ponto em que estamos, não adiante mantra, nem curso, nem nada, se
eu não consigo manter o filamento incandescente o tempo todo! O que eu subi de
voltagem naquele momento, quatro horas depois já estou a descer. Põe toda a tua
energia em não deixar escapar a consciência de que és um ser espiritual
encarnado, em nenhum minuto. É preciso manter claro que o trabalho é estar lá,
alinhado, axializado com a chama central.
As entidades cósmicas superiores dependem do discípulo
encarnado, que sabe, que conhece, daquele cuja consciência se está
enriquecendo. O discípulo contemporâneo tem o caminho aberto para reunir o
sublime em si em torno duma vontade central e determinar o seu destino superior
através dum acto de vontade espiritual, que se resume em manter uma
continuidade de consciência, a não permitir que a tesoura da indiferença ou da
inércia corte o filamento incandescente da consciência de nós mesmos enquanto discípulos
encarnados.
Isto é dito com esta intensidade porque todos nós estamos
mergulhados num ritual de adormecimento, num conjunto de regras
sistematicamente organizadas para te manter em regimes baixos de consciência.
Julgam que o jogo de cidades que envolve a Terra, neste
momento, é uma coisa inocente? Não, são rituais mágicos perfeitamente
estudados. Não estou a falar nos prédios, nem no preço das alfaces, nem no
monóxido de carbono dos carros, estou-me a referir a que o binário em que o
indivíduo é mantido, enquanto a cidade respira e vive através dele, tem de ser,
teoricamente, um binário de baixa consciência, tanto assim que se se começa a
falar de regimes altos de consciência as pessoas começam a sentir que vão ficar
inadaptadas, o que é que isto significa? Significa que a cidade não sabe nada
de iluminação nem quer saber e foge disso, porque se a cidade estivesse
preparada para a disciplina e para a verdade da iluminação progressiva da
Humanidade, o indivíduo dizia: “Fantástico! Vou-me integral imensamente bem na
minha civilização e na minha cultura!.
As iniciações dissolvem a antiga consciência ao ponto de,
quando tu entras num novo patamar, aquilo que foi a tua vida até então,
parece-te um sonho, tem o estatuto de uma vida anterior, é algo que tem
efectivamente de começar a afastar-se para que a presença se instale. A
instalação da presença liga-te instantaneamente a milhões de outros seres
encarnados que estão a passar pelo mesmo processo. Tu não estás isolado! Estás
a entrar em fase com uma família universal e que o teu campo envolvente está a
começar a atrair a tua nova família. Isto sem organização formal.
Na proporção em que o ser assume o trabalho, ele encontra os
seus irmãos de caminho e a solidão vem da parte velha do nosso ser que quer
continuar a ter relacionamentos a nível de personalidade, porque a alma, à
medida que tu começas a estacionar num regime mais alto, já está a ver à
distância os 7 ou 8 com quem tu vais trabalhar e já está a atraí-los, porque a
personalidade já está a estabilizar a nova vibração.
Por André Louro de Almeida
Publicado por Síntesis
http://luminaportugal.blogspot.com.br/
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