domingo, 18 de janeiro de 2015

“Vivemos num campo onde luzes e trevas duelam"




“Vivemos num campo onde luzes e trevas duelam.
As luzes ofuscam: nada se vê; 
as trevas confundem:
nada se vê. 

Como enxergar?
Qual a razão dessas luzes? E essas sombras?
Por que esse jogo de branco e preto?
E de onde vem a felicidade de reconhecer as coisas?

Os acontecimentos se sucedem em ciclones,
os seres passam em rajadas.
O mundo se diverte em não ser e em não existir?

Silêncio do mundo, brutalidade dos homens; eis,
sem dúvida, a experiência primeira que temos
da ‘realidade’. Mas se a natureza silencia,
sabemos que ela está lá, nas pedras, nas plantas,
com suas chuvas, suas auroras;

se os homens utilizam suas forças e suas invenções
contra eles mesmos, pelo menos dispõem de
instituições como as línguas, as técnicas, a filosofia, a arte....

A experiência é, pois, ambígua, trágica e
excitante num só tempo.
Ambígua porque o silêncio supõe uma linguagem que reclama,
pois a barbárie transforma as almas....

A solução disso tudo não reside nesse mesmo mistério?

O mundo natural vibra por sinais que não
compreendemos,
o mundo humano está repleto de carrascos sem que se possa absolutamente explicar.
Apesar de tudo, permanece e se estimula o desejo de compreender o mundo natural e explicar o mundo humano.

Diante dessa situação o que pensar? Como agir?
Onde repousar a cabeça? Para onde ir?
Nada com o que sonhar,
nada enfim para compreender?”

Uma homenagem a Pierre A. Riffard por sua pesquisa e sua luta no livro:
O Esoterismo, São Paulo: Mandarim.

bjus na alma Emoticon heart


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